A herança genética dos pais sempre despertou curiosidade: afinal, puxamos mais à mãe ou ao pai? Estudos recentes mostram que a resposta não é tão simples.
Pesquisadores da Universidade de Edimburgo e da Universidade de Tartu analisaram dados do Estonian Biobank e concluíram que apenas cerca de 40% dos traços de personalidade são explicados pela herança genética dos pais. Ou seja, apesar da genética ter influência, a personalidade dos filhos não é uma cópia direta dos pais e ainda sofre forte impacto do ambiente.
Quando falamos de características físicas e biológicas, algumas ligações parecem mais claras. Segundo o Portal Contexto, a mãe transmite genes relacionados a doenças mitocondriais, visão, metabolismo, padrões de sono, inteligência e temperamento. Já o pai influencia em aspectos como altura, problemas dentários, determinação do sexo biológico e armazenamento de gordura.
No caso da inteligência, o blog da Genera explica que muitos acreditam que ela vem principalmente da mãe, já que genes importantes estão localizados no cromossomo X. Contudo, a realidade é mais complexa: vários outros genes em diferentes cromossomos também participam, além do impacto direto da educação, nutrição e ambiente de aprendizagem. O chamado efeito Flynn demonstra que, ao longo das gerações, melhorias sociais e culturais elevaram a média de QI da população.
Portanto, a herança genética dos pais envolve tanto aspectos biológicos evidentes quanto fatores mais sutis, sempre entrelaçados ao contexto de vida de cada indivíduo.
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